“As belas, as perfeitas máscaras
As belas, as perfeitas máscaras de perfil severo
Que a morte, no silêncio, esculpe,
Encheram-se de uma estranha claridade...
Que anjos tocam, através do mundo e das estrelas,
Através dos sensíveis rumores,
O canto grave dos violoncelos profundos?
Alma perdida, vagabunda, Messalina sonâmbula, insaciada...
Que procuras na noite morta, Alma transviada,
Com tuas mãos vazias e tristes?
Cantam os violoncelos... A noite sobe como um balão...
Meus olhos vão ficando cada vez mais lúcidos...
Soluçam os violoncelos...
Ah, Como é gelado o teu lábio,
Pura estrela da manhã!”
*Mario Quintana*
Em “O aprendiz de feiticeiro”, São Paulo, Editora Globo, 2ª reimpressão, 2005.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
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