“Diálogo
Minhas palavras são a metade de um diálogo
obscuro continuando através de séculos impossíveis.
Agora compreendo o sentido e a ressonância
que também trazes de tão longe em tua voz.
Nossas perguntas e respostas se reconhecem
como os olhos dentro dos espelhos.
Olhos que choraram. Conversamos dos dois extremos da noite,
como de praias opostas. Mas com uma voz que não se importa…
E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.
Mas um mar sem viagens.”
*Cecília Meireles*
Em “Poesia completa”, Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 4ª Edição, 1993.
Minhas palavras são a metade de um diálogo
obscuro continuando através de séculos impossíveis.
Agora compreendo o sentido e a ressonância
que também trazes de tão longe em tua voz.
Nossas perguntas e respostas se reconhecem
como os olhos dentro dos espelhos.
Olhos que choraram. Conversamos dos dois extremos da noite,
como de praias opostas. Mas com uma voz que não se importa…
E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.
Mas um mar sem viagens.”
*Cecília Meireles*
Em “Poesia completa”, Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 4ª Edição, 1993.
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