domingo, 1 de outubro de 2017

Brasil dos meus Avós

Brasil dos meus avós, acorda!
Vem trazer-nos o ardor que rugia e cantava
No peito de teus filhos de outras eras
De Caxias, Osório, Sampaio e Tiradentes.
Dos heróis de Itororó e Tuiuti,
Que rolaram no pó, rubros de sangue,
Com o coração e o pensamento em ti!

Brasil dos meus avós,
Ressurge, dentro de nós, nesta hora extrema!
Inspira-nos um cântico marcial e romântico
Que seja como a nova Marselhesa
Da Pátria de Peri e de Iracema.
Faze que cada brasileiro, neste instante,
Lembre o velho cocar, o vetusto diadema
A tremular, medievalescamente,
Na fronte heril dos teus guerreiros selvagens
Guerreiros mais humanos e sensíveis do que os homens maus do Velho Mundo
Que, irrompendo do céu ou do fundo do mar,
Matam mulheres, velhos, paralíticos,
Tão só pelo desejo infame de matar...

Brasil dos meus avós
Dá-nos aquela mesma galhardia
Dos teus veros heróis das matas virgens,
Que marcavam a hora dos recontros bélicos
À plena luz do dia
E cumpriam a palavra dada
Como coisa sagrada
Sem dissimulação nem covardia...

Brasil dos meus avós
Eu bem o sinto!
Estás dentro de nós, Brasil de meus avós!
Sincero, puro, másculo, viril
Tu que és o Brasil de hoje e de sempre,
O imortal Brasil!


*Filgueiras Lima*
 

Extraí daqui: http://www.ternuma.com.br/index.php/biblioteca/264-exaltacao-a-patria-brasileira

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