“Velhinha e moça
O tempo, mansamente, há de espalhar
Flocos de neve sobre os meus cabelos,
Numa carícia deixará os selos,
No meu corpo gentil, o seu sabor…
Ao meu sangue fremente, a palpitar,
Hão de esfriá-lo sucessivos gelos,
E aos meus seios graciosos hei de vê-los
Mirrados como lírios a fechar…
Mas mesmo quando for assim velhinha
O teu amor fará um alvoroço
Na minh’alma e graça de menina
E até morrer, o meu olhar cansado,
Fitando o teu há de julgar-se moço,
Num enlevo de eterno enamorado.”
*Florbela Espanca*
Em “Poemas Inéditos Os Últimos Poemas de Florbela Espanca”,
Lisboa, Edições Nova Acrópole, 1ª Edição, 2014.
O tempo, mansamente, há de espalhar
Flocos de neve sobre os meus cabelos,
Numa carícia deixará os selos,
No meu corpo gentil, o seu sabor…
Ao meu sangue fremente, a palpitar,
Hão de esfriá-lo sucessivos gelos,
E aos meus seios graciosos hei de vê-los
Mirrados como lírios a fechar…
Mas mesmo quando for assim velhinha
O teu amor fará um alvoroço
Na minh’alma e graça de menina
E até morrer, o meu olhar cansado,
Fitando o teu há de julgar-se moço,
Num enlevo de eterno enamorado.”
*Florbela Espanca*
Em “Poemas Inéditos Os Últimos Poemas de Florbela Espanca”,
Lisboa, Edições Nova Acrópole, 1ª Edição, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário