“Drama eterno
Caminheira do Ideal, em vão busquei
O que tantos em vão têm buscado.
Sonhadora do Bem, nunca encontrei
Os sonhos que a sorrir tinha sonhado.
Sedenta de Beleza, os passos dei
Que, antes de mim, já outros tinham dado.
E errassem os caminhos que eu errei!
Viram também seu sonho naufragado!
Há-de ser sempre assim, eternamente!
Querer partir as grades, loucamente,
E esbracejar numa impotência triste…
Desde que o mundo é mundo − o mesmo drama!
O mesmo procurar de sóis na lama!
E o mesmo anseio do que não existe!”
*Florbela Espanca*
Em “Poemas Inéditos Os Últimos Poemas de Florbela Espanca”,
Lisboa, Edições Nova Acrópole, 1ª Edição, 2014.
Caminheira do Ideal, em vão busquei
O que tantos em vão têm buscado.
Sonhadora do Bem, nunca encontrei
Os sonhos que a sorrir tinha sonhado.
Sedenta de Beleza, os passos dei
Que, antes de mim, já outros tinham dado.
E errassem os caminhos que eu errei!
Viram também seu sonho naufragado!
Há-de ser sempre assim, eternamente!
Querer partir as grades, loucamente,
E esbracejar numa impotência triste…
Desde que o mundo é mundo − o mesmo drama!
O mesmo procurar de sóis na lama!
E o mesmo anseio do que não existe!”
*Florbela Espanca*
Em “Poemas Inéditos Os Últimos Poemas de Florbela Espanca”,
Lisboa, Edições Nova Acrópole, 1ª Edição, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário