domingo, 6 de março de 2016

Tempo perdido

Havia um tempo de cadeiras na calçada.
Era um tempo em que havia mais estrelas.
Tempo em que as crianças brincavam sob
a claraboia da lua. E o cachorro da casa era
um grande personagem. E também o relógio de parede!
Ele não media o tempo,
simplesmente:
ele meditava o tempo.


*Mario Quintana*

Em “Caderno H”, São Paulo, Editora Globo, 2ª Edição, pág. 112, 2006.

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