“No claustro de celas
Eis quanto resta do idílio acabado,
− Primavera que durou um momento...
Como vão longe as manhãs do convento!
− Do alegre conventinho abandonado...
Tudo acabou... Anémonas, hidrângeas,
Silindras, − flores tão nossas amigas!
No claustro agora viçam as ortigas.
Rojam-se cobras pelas velhas lájeas.
Sobre a inscrição do teu nome delido!
− Que os meus olhos mal podem soletrar,
Cansados... E o aroma fenecido
Que se evola do teu nome vulgar!
Enobreceu-o a quietação do olvido,
Ó doce, ingénua, inscrição tumular.”
*Camilo Pessanha*
Em “Gramática do Português Contemporâneo (Celso Cunha)”, Rio de Janeiro,
Eis quanto resta do idílio acabado,
− Primavera que durou um momento...
Como vão longe as manhãs do convento!
− Do alegre conventinho abandonado...
Tudo acabou... Anémonas, hidrângeas,
Silindras, − flores tão nossas amigas!
No claustro agora viçam as ortigas.
Rojam-se cobras pelas velhas lájeas.
Sobre a inscrição do teu nome delido!
− Que os meus olhos mal podem soletrar,
Cansados... E o aroma fenecido
Que se evola do teu nome vulgar!
Enobreceu-o a quietação do olvido,
Ó doce, ingénua, inscrição tumular.”
*Camilo Pessanha*
Em “Gramática do Português Contemporâneo (Celso Cunha)”, Rio de Janeiro,
Editora Saraiva, 8ª edição, 1980, pág. 474.
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