“Chuva
A chuva entorna na paisagem calma
Uma indolência de abandono e sono
Paisagem triste como a de minha alma...
A chuva é um longo sono de abandono...
Olho através do espelho da vidraça.
Dorme o jardim sob soluços d'água.
Na rua, alguém cantarolando passa,
Cantarolando a minha própria mágoa.
Quem será êsse vulto que se apossa
Da firme dor que em minha vida existe,
Para cantá-la assim num ar de troça,
De uma maneira que me põe mais triste?
E olho através do espelho da vidraça:
Dorme o jardim sob os soluços d'água.
Na rua adormecida ninguém passa.
A chuva canta a minha própria mágoa.”
*Onestaldo de Pennafort*
Em “Poesia”, Rio de Janeiro, Editora Record, 1ª Edição, 1987.
A chuva entorna na paisagem calma
Uma indolência de abandono e sono
Paisagem triste como a de minha alma...
A chuva é um longo sono de abandono...
Olho através do espelho da vidraça.
Dorme o jardim sob soluços d'água.
Na rua, alguém cantarolando passa,
Cantarolando a minha própria mágoa.
Quem será êsse vulto que se apossa
Da firme dor que em minha vida existe,
Para cantá-la assim num ar de troça,
De uma maneira que me põe mais triste?
E olho através do espelho da vidraça:
Dorme o jardim sob os soluços d'água.
Na rua adormecida ninguém passa.
A chuva canta a minha própria mágoa.”
*Onestaldo de Pennafort*
Em “Poesia”, Rio de Janeiro, Editora Record, 1ª Edição, 1987.
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