“Imagens que Passais pela Retina
Imagens que passais pela retina
dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
por uma fonte para nunca mais!....
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
− Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
− O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
− Estranha sombra em movimentos vãos.”
*Camilo Pessanha*
Em “Clepsidra”, São Paulo, Editora Ateliê Editorial, 1ª Edição, 2009.
Imagens que passais pela retina
dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
por uma fonte para nunca mais!....
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
− Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
− O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
− Estranha sombra em movimentos vãos.”
*Camilo Pessanha*
Em “Clepsidra”, São Paulo, Editora Ateliê Editorial, 1ª Edição, 2009.
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