sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

"Poema Para Uma Rosa

Onde o nítido arco-íris

sumido em estradas neutras,
se tão longe fica o longe?

Era real despertada em cores,

é viva pintada em branco.
O vento em porto remoto
se perde entre o nunca e o sempre.

Vagueio a rotina do ar

na certeza sem contacto:
quando o encontro cancelado,
bebido na enseada morta? –

Voltará, cortado o sono,

amanhecida na imagem.
Ando o Tempo e, já nas mãos,
afago a rosa ainda autêntica.
”    

*Colombo de Sousa*
Em “Colombo de Sousa - ESTÁGIO (Poemas)”, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1964.

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