“Natal
Vejo a estrela que percorre
a noite larga.
Vejo a estrela que perturba
fundos mares.
Vejo a estrela que revela
a eternidade.
Mas para onde foi a estrela
contemplada?
Para onde foi no momento
mais amargo?
Em que cimos ora habita
que debalde
a procuro nestas frias
orvalhadas?
Vejo a estrela – tão de súbito! –
ao meu lado.
Vejo os olhos do Menino
desejado.”
*Henriqueta Lisboa*
Em “Henriqueta Lisboa, Poesia, Obra completa – Nova Lírica”,
Volume 1, Editora Peirópolis, 1ª Edição, 2020.
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