domingo, 18 de outubro de 2015

Som

Alma divina,
por onde me andas?
Noite sozinha,
lágrimas, tantas!

Que sopro imenso,
alma divina
em esquecimento
desmancha a vida!

Deixa-me ainda
pensar que voltas,
alma divina,
coisa remota!

Tudo era tudo
quando eras minha,
e eu era tua,
alma divina!


*Cecília Meireles*
Em “Obra Poética”, Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 2ª Edição, 1967.

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