“Carpe Diem
Que faço deste dia, que me adora?
Pegá-lo pela cauda, antes da hora
Vermelha de furtar-se ao meu festim?
Ou colocá-lo em música, em palavra,
Ou gravá-lo na pedra, que o sol lavra?
Força é guardá-lo em mim, que um dia assim
Tremenda noite deixa se ela ao leito
Da noite precedente o leva, feito
Escravo dessa fêmea a quem fugira
Por mim, por minha voz e minha lira.
(Mas já de sombras vejo que se cobre
Tão surdo ao sonho de ficar - tão nobre.
Já nele a luz da lua - a morte - mora,
De traição foi feito: vai-se embora.)”
*Mário Faustino*
Em “Poesia de Mário Faustino [Antologia Poética]”, São Paulo,
Que faço deste dia, que me adora?
Pegá-lo pela cauda, antes da hora
Vermelha de furtar-se ao meu festim?
Ou colocá-lo em música, em palavra,
Ou gravá-lo na pedra, que o sol lavra?
Força é guardá-lo em mim, que um dia assim
Tremenda noite deixa se ela ao leito
Da noite precedente o leva, feito
Escravo dessa fêmea a quem fugira
Por mim, por minha voz e minha lira.
(Mas já de sombras vejo que se cobre
Tão surdo ao sonho de ficar - tão nobre.
Já nele a luz da lua - a morte - mora,
De traição foi feito: vai-se embora.)”
*Mário Faustino*
Em “Poesia de Mário Faustino [Antologia Poética]”, São Paulo,
Editôra Civilização Brasileira, 1ª edição, 1966.
Nenhum comentário:
Postar um comentário