“Horas de Crença
De noute aos brilhos dos sidéreos lumes –
Quando o mistério –, das so’idões no meio –,
Num beijo vindo da floresta o seio
Peja, sublime, de estivais perfumes!…
Quando, das serras nos altivos cumes
Debruça a Lua –, num calado anseio –,
A fronte loura –, meu amor, eu creio
Nas crenças santas que no olhar resumes…
Creio nos beijos do teu lábio rubro…
– Creio dos mortos no viver sem fim! –
As sombras d’alma numa prece encubro!…
Creio na febre de teu seio – e alfim
Por entre cismas o meu Deus descubro…
E muitas vezes creio até… em mim!…”
*Euclides da Cunha*
Em “EUCLIDES DA CUNHA - POESIA REUNIDA”, São Paulo, Editora UNESP, 1ª Edição, 2009.
De noute aos brilhos dos sidéreos lumes –
Quando o mistério –, das so’idões no meio –,
Num beijo vindo da floresta o seio
Peja, sublime, de estivais perfumes!…
Quando, das serras nos altivos cumes
Debruça a Lua –, num calado anseio –,
A fronte loura –, meu amor, eu creio
Nas crenças santas que no olhar resumes…
Creio nos beijos do teu lábio rubro…
– Creio dos mortos no viver sem fim! –
As sombras d’alma numa prece encubro!…
Creio na febre de teu seio – e alfim
Por entre cismas o meu Deus descubro…
E muitas vezes creio até… em mim!…”
*Euclides da Cunha*
Em “EUCLIDES DA CUNHA - POESIA REUNIDA”, São Paulo, Editora UNESP, 1ª Edição, 2009.
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