quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A voz da saudade

Se cai a noite plácida, serena,
Tão branca de luar ᅳ doce magia...
A carícia da brisa torna a cena,
Num requinte envolvente de poesia.

O azul do céu de uma beleza extrema
Povoado de estrelas irradia,
E qual o encantamento de um poema
Faz palpitar sutil melancolia.

No Coração da mata um mocho pia
Rompendo a solidão num tom dolente,
Como um canto de amarga soledade.

E o coração da gente silencia
Porque mais alto que sua voz ardente
Fala a voz merencória da saudade.


*Bernardina Vilar*

Em “Saudade da Vila”, São Paulo, Editora Moderna, 14ª Edição, 1994.

Nenhum comentário: