“Como a noite descesse...
Como a noite descesse e eu me sentisse só,
só e desesperado diante dos horizontes que se fechavam,
gritei alto, bem alto: ó doce e incorruptível Aurora!
e vi logo só as estrelas é que me entenderiam.
Era preciso esperar que o próprio passado desaparecesse,
ou então voltar à infância.
Onde, entretanto, quem me dissesse
ao coração trêmulo:
ᅳ É por aqui!
Onde, entretanto, quem me dissesse
ao espírito cego:
ᅳ Renasceste: liberta-te!
Se eu estava só, só e desesperado,
por que gritar tão alto?
Por que não dizer baixinho, como quem reza:
ᅳ Ó doce e incorruptível Aurora...
se só as estrelas é que me entenderiam?”
*Emílio Moura*
Em “Poesias de Emílio Moura”, Belo Horizonte, Editora Art, 1ª Edição, 1991.
Como a noite descesse e eu me sentisse só,
só e desesperado diante dos horizontes que se fechavam,
gritei alto, bem alto: ó doce e incorruptível Aurora!
e vi logo só as estrelas é que me entenderiam.
Era preciso esperar que o próprio passado desaparecesse,
ou então voltar à infância.
Onde, entretanto, quem me dissesse
ao coração trêmulo:
ᅳ É por aqui!
Onde, entretanto, quem me dissesse
ao espírito cego:
ᅳ Renasceste: liberta-te!
Se eu estava só, só e desesperado,
por que gritar tão alto?
Por que não dizer baixinho, como quem reza:
ᅳ Ó doce e incorruptível Aurora...
se só as estrelas é que me entenderiam?”
*Emílio Moura*
Em “Poesias de Emílio Moura”, Belo Horizonte, Editora Art, 1ª Edição, 1991.
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