domingo, 18 de agosto de 2013

Saudade

Saudade é uma dor suave e forte!
Cicatriz a sangrar dentro da gente...
E a vida em flor com sensação de morte;
Amanhecer com sombras de poente.

Saudade! Insônia de quem não se importe
De sonhar envolvido em sono quente.
Nuvem de sol, calor que desconforte
A alma gelada, tiritante e ardente.

Saudade é a expressão indefinida...
Verso incompleto de canção dorida...
Minuto que se fez eternidade!

Recado extraviado no caminho...
A paz da ave que perdeu seu ninho...
Melodia de pranto é o que é Saudade.


*Bernardina Vilar*

Em “Saudade da Vila”, São Paulo, Editora Moderna, 14ª Edição,
1994.

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