“Tudo como antigamente
Somei noite mais noite olhando a lua
Decorei cada estrela que brilhava
Morri mais de uma vez em cada rua
E sempre a cada vez, ressuscitava
Pobre do tempo que não me alcançava
Nunca se alcança aquilo que flutua
Cama após cama a carne se gastava
E a alma devassa andava seminua
Fui Deus e rei poeta e vagabundo
Vivi mais de mil vidas por segundo
Ultrapassando sempre o mais em frente
Hoje deixo que o tempo me ultrapasse
Morri de vez mas se ressuscitasse
Faria tudo como antigamente.”
*Mário Lago*
Extraí daqui: https://poesiaspreferidas.wordpress.com/2013/06/01/tudo-como-antigamente-mario-lago/
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
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