“Noite trágica
O pavor e a angústia andam dançando...
Um sino grita endechas de poentes...
Na meia-noite d’hoje, soluçando,
Que presságios sinistros e dolentes!...
Tenho medo da noite!... Padre nosso
Que estais no céu... O que minh’alma teme!
Tenho medo da noite!... Que alvoroço
Anda nesta alma enquanto o sino geme!
Jesus! Jesus, que noite imensa e triste!
A quanta dor a nossa dor resiste
Em noite assim que a própria dor parece...
Ó noite imensa, ó noite do Calvário,
Leva contigo envolto no sudário
Da tua dor a dor que me não ‘squece!”
*Florbela Espanca*
Em “Obras Completas de Florbela Espanca”, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1ª Edição, 1985.
O pavor e a angústia andam dançando...
Um sino grita endechas de poentes...
Na meia-noite d’hoje, soluçando,
Que presságios sinistros e dolentes!...
Tenho medo da noite!... Padre nosso
Que estais no céu... O que minh’alma teme!
Tenho medo da noite!... Que alvoroço
Anda nesta alma enquanto o sino geme!
Jesus! Jesus, que noite imensa e triste!
A quanta dor a nossa dor resiste
Em noite assim que a própria dor parece...
Ó noite imensa, ó noite do Calvário,
Leva contigo envolto no sudário
Da tua dor a dor que me não ‘squece!”
*Florbela Espanca*
Em “Obras Completas de Florbela Espanca”, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1ª Edição, 1985.
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