“Pedras
Eu vi as pedras nascerem,
do fundo do chão descobertas.
Eram brancas, eram róseas,
̵ tênues, suaves pareciam,
mas não eram.
Eram pesadas e densas,
carregadas de destino,
para casas, para templos,
para escadas e colunas,
casas, plintos.
Dava a luz da aurora nelas,
inermes, caladas, claras,
̵ matéria de que prodígios? ̵
ali nascidas e ainda
solitárias.
E ali ficavam expostas
ao mundo e às horas volúveis
para, submissas e dóceis,
terem outra densidade:
como nuvens.”
*Cecília Meireles*
Em “Poemas Escritos na Índia”, São Paulo, Editora Global, 1ª Edição, 2014.
Eu vi as pedras nascerem,
do fundo do chão descobertas.
Eram brancas, eram róseas,
̵ tênues, suaves pareciam,
mas não eram.
Eram pesadas e densas,
carregadas de destino,
para casas, para templos,
para escadas e colunas,
casas, plintos.
Dava a luz da aurora nelas,
inermes, caladas, claras,
̵ matéria de que prodígios? ̵
ali nascidas e ainda
solitárias.
E ali ficavam expostas
ao mundo e às horas volúveis
para, submissas e dóceis,
terem outra densidade:
como nuvens.”
*Cecília Meireles*
Em “Poemas Escritos na Índia”, São Paulo, Editora Global, 1ª Edição, 2014.
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