“O SONETO
Ó florentino túmulo de prata!
Ó sepultura de catorze versos!
Demais viveu em ti, aprisionada,
A asa vibrátil do meu pensamento!
Demais sofri a dura disciplina
Do réu chicote de catorze pontas,
Soneto arcaico, inquisidor vermelho,
Que Petrarca há seis séculos gerou!
Ó taça antiga de catorze gomos,
Taça de oiro de Guido Cavalcanti,
Bebi por ti, mas atirei-te ao mar!
Não se ouve mais os címbalos da rima!
Asa liberta, voa em liberdade!
Jaula de bronze, estás aberta, enfim!”
*Júlio Dantas*
Em “A HISTÓRIA E TEORIA DO SONETO (CRUZ FILHO, O SONETO, Edição de 1961,
Ó florentino túmulo de prata!
Ó sepultura de catorze versos!
Demais viveu em ti, aprisionada,
A asa vibrátil do meu pensamento!
Demais sofri a dura disciplina
Do réu chicote de catorze pontas,
Soneto arcaico, inquisidor vermelho,
Que Petrarca há seis séculos gerou!
Ó taça antiga de catorze gomos,
Taça de oiro de Guido Cavalcanti,
Bebi por ti, mas atirei-te ao mar!
Não se ouve mais os címbalos da rima!
Asa liberta, voa em liberdade!
Jaula de bronze, estás aberta, enfim!”
*Júlio Dantas*
Em “A HISTÓRIA E TEORIA DO SONETO (CRUZ FILHO, O SONETO, Edição de 1961,
anotado por Glauco Mattoso)”, Rio de Janeiro, ELOS Editora, 2009, pág. 24.
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