“Ao Teixeira de Pascoaes
'As pessoas são nada, e as cousas tudo':
Ah, se o pensaste assim, e se o disseste,
É que, infundindo-lhe alma, às cousas deste
Um coração represo, arfante e mudo!
O penumbroso monte, o tronco rudo,
Vivem na névoa humana em que os puseste;
Tornaste irmão ansioso o vento agreste
E carinhosa a relva em seu veludo.
Bendito o canto teu, porque desperta
Essa visão de uma alma já liberta
Das cadeias da luta e da miséria,
E ao Paraíso ao cabo regressada,
Porque viu, ao fulgor da Vida Etérea,
Que as pessoas são tudo, e as cousas nada!”
*António Sérgio*
Em “Teixeira de Pascoaes − Catálogo da Exposição Bibliográfica”, Lisboa,
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS, SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA,
'As pessoas são nada, e as cousas tudo':
Ah, se o pensaste assim, e se o disseste,
É que, infundindo-lhe alma, às cousas deste
Um coração represo, arfante e mudo!
O penumbroso monte, o tronco rudo,
Vivem na névoa humana em que os puseste;
Tornaste irmão ansioso o vento agreste
E carinhosa a relva em seu veludo.
Bendito o canto teu, porque desperta
Essa visão de uma alma já liberta
Das cadeias da luta e da miséria,
E ao Paraíso ao cabo regressada,
Porque viu, ao fulgor da Vida Etérea,
Que as pessoas são tudo, e as cousas nada!”
*António Sérgio*
Em “Teixeira de Pascoaes − Catálogo da Exposição Bibliográfica”, Lisboa,
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS, SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA,
DIRECÇÃO-GERAL D0 PATRIMONIO-COLTURAL, 1977.
Nenhum comentário:
Postar um comentário