“Canção Grata
Por tudo o que me deste:
− Inquietação, cuidado,
(Um pouco de ternura? É certo, mas tão pouco!)
Noites de insónia, pelas ruas, como louco...
− Obrigado, obrigado!
Por aquela tão doce e tão breve ilusão.
(Embora nunca mais, depois de que a vi desfeita,
Eu volte a ser quem fui), sem ironia: aceita
A minha gratidão!
Que bem que me faz, agora, o mal que me fizeste!
− Mais forte, mais sereno, e livre, e descuidado...
Sem ironia, amor: − obrigado
Por tudo o que me deste!”
*Carlos Queirós*
Em “Desaparecido e Outros Poemas”, Lisboa, Livraria Bertrand, 2ª Edição, 1957.
Por tudo o que me deste:
− Inquietação, cuidado,
(Um pouco de ternura? É certo, mas tão pouco!)
Noites de insónia, pelas ruas, como louco...
− Obrigado, obrigado!
Por aquela tão doce e tão breve ilusão.
(Embora nunca mais, depois de que a vi desfeita,
Eu volte a ser quem fui), sem ironia: aceita
A minha gratidão!
Que bem que me faz, agora, o mal que me fizeste!
− Mais forte, mais sereno, e livre, e descuidado...
Sem ironia, amor: − obrigado
Por tudo o que me deste!”
*Carlos Queirós*
Em “Desaparecido e Outros Poemas”, Lisboa, Livraria Bertrand, 2ª Edição, 1957.
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