“A Serenata
À D. Olga de Suckow
Plenilúnio de Maio em montanhas de Minas!
Canta, ao longe, uma flauta e um violoncelo chora.
Perfuma-se o luar nas flores das campinas,
sutiliza-se o aroma em languidez sonora.
Ao doce encantamento azul das cavatinas,
nestas noites de luz mais belas que a aurora,
as errantes visões das almas peregrinas
vão voando a cantar pela amplidão afora...
E chora o violoncelo e a flauta, ao longe, canta.
Das montanhas, cantando, a névoa se levanta,
banhada de luar, de sonhos, de harmonia.
Com o profano rumor, porém, desponta o dia,
e na última porção da névoa transparente
a flauta e o violoncelo expiram lentamente.”
*Augusto de Lima*
Em “Poesias”, Rio de Janeiro, Editora H. Garnier, 1ª Edição, 1909, pág. 185.
À D. Olga de Suckow
Plenilúnio de Maio em montanhas de Minas!
Canta, ao longe, uma flauta e um violoncelo chora.
Perfuma-se o luar nas flores das campinas,
sutiliza-se o aroma em languidez sonora.
Ao doce encantamento azul das cavatinas,
nestas noites de luz mais belas que a aurora,
as errantes visões das almas peregrinas
vão voando a cantar pela amplidão afora...
E chora o violoncelo e a flauta, ao longe, canta.
Das montanhas, cantando, a névoa se levanta,
banhada de luar, de sonhos, de harmonia.
Com o profano rumor, porém, desponta o dia,
e na última porção da névoa transparente
a flauta e o violoncelo expiram lentamente.”
*Augusto de Lima*
Em “Poesias”, Rio de Janeiro, Editora H. Garnier, 1ª Edição, 1909, pág. 185.
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