“AÇÃO DE GRAÇAS DO POETA
Graças a Vós, Senhor, pela ventura
De poder isolar-me na Poesia,
Ter nela o alívio à provação mais dura,
E, no sonho, o meu pão de cada dia.
Sentir albor de luar na noite escura,
Achar descanso e paz na nostalgia;
E ver, até no pranto da amargura,
Um consolo vizinho da alegria.
Graças a Vós por este dom divino
Que me defende do destino adverso,
Tornando-me senhor do meu destino.
E se, em mim próprio, ruge o mal perverso,
Puro, alegre, feliz, o mal domino
E alo-me aos céus nas asas do meu verso.”
*Bastos Tigre*
Em “Antologia Poética”, Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves Editora,
Graças a Vós, Senhor, pela ventura
De poder isolar-me na Poesia,
Ter nela o alívio à provação mais dura,
E, no sonho, o meu pão de cada dia.
Sentir albor de luar na noite escura,
Achar descanso e paz na nostalgia;
E ver, até no pranto da amargura,
Um consolo vizinho da alegria.
Graças a Vós por este dom divino
Que me defende do destino adverso,
Tornando-me senhor do meu destino.
E se, em mim próprio, ruge o mal perverso,
Puro, alegre, feliz, o mal domino
E alo-me aos céus nas asas do meu verso.”
*Bastos Tigre*
Em “Antologia Poética”, Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves Editora,
Brasilia-Instituto Nacional do Livro/INL, 1982.
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