“XXXIV
Lá onde a luz do último lampião
Uns tristes charcos alumia embalde,
Moram, numa infinita solidão,
As estrelinhas quietas do arrabalde...
Na cidade, quem é que atenta nelas,
Na sua história anônima, escondida?
São menininhas pobres às janelas,
Olhando inutilmente para a vida...
Quando ao Centro descemos à noitinha,
Penso às vezes o quanto essas meninas
No seu desejo triste hão de sofrer
Ao ver os bondes que, do fim da linha,
Partem, iluminados como vitrinas,
Para a doida Cidade do Prazer!...”
*Mario Quintana*
Em “A Rua dos Cataventos”, Porto Alegre, Editora Globo, 1ª Edição, 2005.
Lá onde a luz do último lampião
Uns tristes charcos alumia embalde,
Moram, numa infinita solidão,
As estrelinhas quietas do arrabalde...
Na cidade, quem é que atenta nelas,
Na sua história anônima, escondida?
São menininhas pobres às janelas,
Olhando inutilmente para a vida...
Quando ao Centro descemos à noitinha,
Penso às vezes o quanto essas meninas
No seu desejo triste hão de sofrer
Ao ver os bondes que, do fim da linha,
Partem, iluminados como vitrinas,
Para a doida Cidade do Prazer!...”
*Mario Quintana*
Em “A Rua dos Cataventos”, Porto Alegre, Editora Globo, 1ª Edição, 2005.
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