“Recanto de letras
Leio-me, e não me encontro em verbo escrito.
Minhas palavras não escrevem ou
Esqueceram meus ecos o meu grito,
Ou meus olhos não leem mais quem sou.
O que em papel meu rastro deixa dito
É folha de hora que de mim voou,
Foi lugar no meu súplice infinito;
Nele vivo, talvez, mas não estou.
(As palavras são rostos de um momento,
E contam frágeis fábulas de vento
Em bocas que falaram nossa voz.)
Mal releio na sombra do retrato
De letras que escrevi no ontem abstrato
Minha face de vida e prévio após.”
*Abgar Renault*
Em “OBRA POÉTICA ABGAR RENAULT”, Rio de Janeiro, Editora Record, 1ª Edição, 1990.
Leio-me, e não me encontro em verbo escrito.
Minhas palavras não escrevem ou
Esqueceram meus ecos o meu grito,
Ou meus olhos não leem mais quem sou.
O que em papel meu rastro deixa dito
É folha de hora que de mim voou,
Foi lugar no meu súplice infinito;
Nele vivo, talvez, mas não estou.
(As palavras são rostos de um momento,
E contam frágeis fábulas de vento
Em bocas que falaram nossa voz.)
Mal releio na sombra do retrato
De letras que escrevi no ontem abstrato
Minha face de vida e prévio após.”
*Abgar Renault*
Em “OBRA POÉTICA ABGAR RENAULT”, Rio de Janeiro, Editora Record, 1ª Edição, 1990.
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