“Deixa-me seguir para o mar
Tenta esquecer-me… Ser lembrado é como
evocar Um fantasma… Deixa-me ser
o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo…
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão a mim as crianças banhar-se…
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir… é seguir para o Mar,
as imagens perdendo no caminho…
Deixa-me fluir, passar, cantar…
Toda a tristeza dos rios
é não poder parar!”
*Mario Quintana*
Em “Baú de espantos”, São Paulo, Editora Globo, 2ª Edição, 2006.
Tenta esquecer-me… Ser lembrado é como
evocar Um fantasma… Deixa-me ser
o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo…
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão a mim as crianças banhar-se…
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir… é seguir para o Mar,
as imagens perdendo no caminho…
Deixa-me fluir, passar, cantar…
Toda a tristeza dos rios
é não poder parar!”
*Mario Quintana*
Em “Baú de espantos”, São Paulo, Editora Globo, 2ª Edição, 2006.
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