“Sombras que voltam
Dentro do nosso olhar, ás vezes, nasce,
Como na agua de um lago transparente
Uma indistincta floração fugace,
Todo o passado, em ronda, suavemente.
E o juramento que se fez, e a face
Que se beijou, chorando, docemente,
E volta, pállida, (e antes não voltasse!)
Tudo se ergue na sombra, de repente.
E são verões, outonos, primaveras,
Mares coalhados de astros e galeras,
Tardes de prata, auroras de cristal;
E cidades que, longe, vão surgindo,
A'beira azul de um golpho calmo e lindo,
Entre grinaldas de âmbar e coral!”
*Ronald de Carvalho*
Em “Poemas e Sonetos”, Rio de Janeiro, Editôres Leite Ribeiro & Maurillo, 1ª Edição, 1919.
Dentro do nosso olhar, ás vezes, nasce,
Como na agua de um lago transparente
Uma indistincta floração fugace,
Todo o passado, em ronda, suavemente.
E o juramento que se fez, e a face
Que se beijou, chorando, docemente,
E volta, pállida, (e antes não voltasse!)
Tudo se ergue na sombra, de repente.
E são verões, outonos, primaveras,
Mares coalhados de astros e galeras,
Tardes de prata, auroras de cristal;
E cidades que, longe, vão surgindo,
A'beira azul de um golpho calmo e lindo,
Entre grinaldas de âmbar e coral!”
*Ronald de Carvalho*
Em “Poemas e Sonetos”, Rio de Janeiro, Editôres Leite Ribeiro & Maurillo, 1ª Edição, 1919.
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