“Moinho do tempo
[...]
Tanta pobreza a contornar.
Tanto sonho irrealizado, tanto abandono.
Tanta água de sonho puxado do poço da imaginação...
Valiam as velhas, seus adágios de sustentação:
Conter e reprimir os jovens, dar-lhes esperanças, ensinar-lhes a paciência,
a vontade de Deus.
E a gente a querer abrir uma brecha naquela muralha parda de pobreza e limitação.
Hoje sobrará para todos mil cruzeiros.
Me faltando sempre o vintém da infância.
Bem por isso mandei fazer um broche de um vintém de cobre e preguei no meu vestido do lado do coração.”
[...]
*Cora Coralina*
Em “Vintém de Cobre: meias confissões de Aninha”, São Paulo, Editora Global, 10ª Edição, 2013.
[...]
Tanta pobreza a contornar.
Tanto sonho irrealizado, tanto abandono.
Tanta água de sonho puxado do poço da imaginação...
Valiam as velhas, seus adágios de sustentação:
Conter e reprimir os jovens, dar-lhes esperanças, ensinar-lhes a paciência,
a vontade de Deus.
E a gente a querer abrir uma brecha naquela muralha parda de pobreza e limitação.
Hoje sobrará para todos mil cruzeiros.
Me faltando sempre o vintém da infância.
Bem por isso mandei fazer um broche de um vintém de cobre e preguei no meu vestido do lado do coração.”
[...]
*Cora Coralina*
Em “Vintém de Cobre: meias confissões de Aninha”, São Paulo, Editora Global, 10ª Edição, 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário