domingo, 7 de agosto de 2016

Eu no tempo

Meu espírito caminha irreversivelmente
para a irrealidade de tudo.
O universo pára, de repente,
à espera de minha infância.
Tudo repousa em seu lugar.
O tempo, no relógio.
O silêncio, na pedra.
Jogo as máscaras fora e me identifico
comigo que me esperava há séculos.


*Emílio Moura*
Em “Itinerário Poético”, Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2ª Edição, 2002.

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