“Vês?
Veio o destino apartar-nos;
É preciso obedecer-lhe.
Mão oculta,
Quebrou, − e sem que a gente sentisse
O laço
Que nos prendia.
Porque seria?
Ainda quiz perguntar,
Mas, a quem?, doida agonia!
Não sei se fico contente,
Se hei de rir,
Se hei de chorar.
Há coisas
Na vida inútil da gente
Que é bem melhor aceitá-las,
Assim: −
Silencioso, indiferente…”
*António Tomás Botto*
Em "Livro na Rua" (Biblioteca do Cidadão, Série Escritores Portugueses Clássicos),
Thesaurus Editora de Brasília, 2006.
Veio o destino apartar-nos;
É preciso obedecer-lhe.
Mão oculta,
Quebrou, − e sem que a gente sentisse
O laço
Que nos prendia.
Porque seria?
Ainda quiz perguntar,
Mas, a quem?, doida agonia!
Não sei se fico contente,
Se hei de rir,
Se hei de chorar.
Há coisas
Na vida inútil da gente
Que é bem melhor aceitá-las,
Assim: −
Silencioso, indiferente…”
*António Tomás Botto*
Em "Livro na Rua" (Biblioteca do Cidadão, Série Escritores Portugueses Clássicos),
Thesaurus Editora de Brasília, 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário