“Saudade
Saudade é um sino triste bimbalhando
Na igrejinha branca de uma aldeia;
E um violão sonoro dedilhando
De uma noite, ao clarão da lua cheia.
Saudade é um rio cheio transbordando
Lançando ao longe turbilhões de areia;
É a cachoeira se precipitando
Jogando as águas no furor que ateia.
Saudade é uma manhã de sol nascente
Com gotinhas de orvalho ornamentando
As flores de um jardim, desabrochadas...
E a gente a contemplá-las docemente
Percebendo que em nós estão faltando
Todas as alegrias desejadas.”
*Bernardina Vilar*
Em “Saudade da Vila”, São Paulo, Editora Moderna, 14ª Edição, 1994.
Saudade é um sino triste bimbalhando
Na igrejinha branca de uma aldeia;
E um violão sonoro dedilhando
De uma noite, ao clarão da lua cheia.
Saudade é um rio cheio transbordando
Lançando ao longe turbilhões de areia;
É a cachoeira se precipitando
Jogando as águas no furor que ateia.
Saudade é uma manhã de sol nascente
Com gotinhas de orvalho ornamentando
As flores de um jardim, desabrochadas...
E a gente a contemplá-las docemente
Percebendo que em nós estão faltando
Todas as alegrias desejadas.”
*Bernardina Vilar*
Em “Saudade da Vila”, São Paulo, Editora Moderna, 14ª Edição, 1994.
2 comentários:
Oi, Elaine.
Que poema mais lindo, falando da saudade que para mim é um dicionário em si de ausências e significados.
Abraço!
Boa tarde, Moacir!
Bernardina Vilar (nome literário de Bernardina Vilar de Alencar) era conhecida como “a dama da saudade”...
Escrevia como poucos, sobre esse sentimento que o nosso idioma mostra com os sentires do coração...
Nasceu no Ceará, em Crato, em 1922. Em vida, publicou 02 livros de sonetos.
Deixou-nos várias poesias em sua obra de beleza ímpar: “Bom dia, saudade”...
São poemas saudosos, sentimentais, escritos com as canetas do coração e as tintas da alma!
E... em 21.12.87, “foi chamada a escrever glórias-poéticas nas alturas! Então, temos por lá, uma adorável poetisa recitando para anjos boquiabertos!”
Um abraço esticado.
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