“Postal
Por cima de que jardim
duas pombinhas estão
dizendo uma para outra:
‘Amar, sim; querer-te, não?’
Por cima de que navios
duas gaivotas irão
gritando a ventos opostos:
‘Sofres, sim: queixar-me não?’
Em que lugar, em que mármores,
que aves tranquilas irão
dizer à noite vazia:
‘Morrer, sim; esquecer, não?’
E aquela rosa de cinza
que foi nosso coração
como estará longe, e livre
de toda e qualquer canção!”
*Cecilia Meireles*
Em “Flor de Poemas (Coleção Poesis)”, Rio de Janeiro,
Por cima de que jardim
duas pombinhas estão
dizendo uma para outra:
‘Amar, sim; querer-te, não?’
Por cima de que navios
duas gaivotas irão
gritando a ventos opostos:
‘Sofres, sim: queixar-me não?’
Em que lugar, em que mármores,
que aves tranquilas irão
dizer à noite vazia:
‘Morrer, sim; esquecer, não?’
E aquela rosa de cinza
que foi nosso coração
como estará longe, e livre
de toda e qualquer canção!”
*Cecilia Meireles*
Em “Flor de Poemas (Coleção Poesis)”, Rio de Janeiro,
Editora Nova Fronteira, 12ª Impressão, 1995.
Nenhum comentário:
Postar um comentário