“Amém
Hoje acabou-se-me a palavra
e nenhuma lágrima vem.
Ai, se a vida se me acabara
também!
A profusão do mundo, imensa,
tem tudo, tudo – e nada tem.
Onde repousar a cabeça?
No além?
Fala-se com os homens, com os santos,
consigo e com Deus… E ninguém
entende o que se está contando
e a quem…
Mas terra e sol, luas e estrelas
giram de tal maneira bem
que a alma desanima de queixas.
Amém.”
*Cecília Meireles*
Em “Antologia Poética”, Organização da Autora, Rio de Janeiro,
Editora Nova Fronteira, 3ª edição, 2001, pág. 54.
Hoje acabou-se-me a palavra
e nenhuma lágrima vem.
Ai, se a vida se me acabara
também!
A profusão do mundo, imensa,
tem tudo, tudo – e nada tem.
Onde repousar a cabeça?
No além?
Fala-se com os homens, com os santos,
consigo e com Deus… E ninguém
entende o que se está contando
e a quem…
Mas terra e sol, luas e estrelas
giram de tal maneira bem
que a alma desanima de queixas.
Amém.”
*Cecília Meireles*
Em “Antologia Poética”, Organização da Autora, Rio de Janeiro,
Editora Nova Fronteira, 3ª edição, 2001, pág. 54.
Nenhum comentário:
Postar um comentário