“Coroai-me de rosas
[1]
Coroai-me de rosas,
Coroai-me em verdade
De rosas
– Rosas que se apagam
Em fronte a apagar-se
Tão cedo!
Coroai-me de rosas
E de folhas breves.
E basta.”
“Coroai-me de rosas.
Coroai-me de rosas,
Coroai-me em verdade
De rosas
– Rosas que se apagam
Em fronte a apagar-se
Tão cedo!
Coroai-me de rosas
E de folhas breves.
E basta.”
“Coroai-me de rosas.
[2]
Coroai-me em verdade
De rosas.
Quero ter a hora
Nas mãos pagãmente
E leve,
Mal sentir a vida,
Mal sentir o sol
Sob ramos.
Coroai-me de rosas
E de folhas de hera
E basta.”
“Coroai-me de rosas!
Coroai-me em verdade
De rosas.
Quero ter a hora
Nas mãos pagãmente
E leve,
Mal sentir a vida,
Mal sentir o sol
Sob ramos.
Coroai-me de rosas
E de folhas de hera
E basta.”
“Coroai-me de rosas!
[3]
Coroai-me em verdade
De rosas!
Quero toda a vida
Feita desta hora
Breve.
Coroai-me de rosas
E de folhas de hera,
E basta!”
*Ricardo Reis (Heterônimo de Fernando Pessoa)*
Em “Poesia completa de Ricardo Reis”, São Paulo, Editora Companhia das Letras, 2010.
Coroai-me em verdade
De rosas!
Quero toda a vida
Feita desta hora
Breve.
Coroai-me de rosas
E de folhas de hera,
E basta!”
*Ricardo Reis (Heterônimo de Fernando Pessoa)*
Em “Poesia completa de Ricardo Reis”, São Paulo, Editora Companhia das Letras, 2010.
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