“A flor mais humilde
Voltarei.
À tarde, quando os sinos percutem no aço das calçadas
e o vento sul carrega seus ocos cilindros
— os cavos ecos dum passado de armadilhas, de esporas e de espadas.
Voltarei, ao crepúsculo.
Entrarei no templo e
deixarei
nos claustros da noite uma rosa tecida de orvalho e de sangue.
Uma rosa de cinza e esquecimento.
Ou talvez um lírio, a flor mais humilde
adormecida numa tela de Grão Vasco.”
*Albano Martins*
Em “As Escarpas do Dia”, Edições Afrontamento, Porto/Portugal, 2010.
Voltarei.
À tarde, quando os sinos percutem no aço das calçadas
e o vento sul carrega seus ocos cilindros
— os cavos ecos dum passado de armadilhas, de esporas e de espadas.
Voltarei, ao crepúsculo.
Entrarei no templo e
deixarei
nos claustros da noite uma rosa tecida de orvalho e de sangue.
Uma rosa de cinza e esquecimento.
Ou talvez um lírio, a flor mais humilde
adormecida numa tela de Grão Vasco.”
*Albano Martins*
Em “As Escarpas do Dia”, Edições Afrontamento, Porto/Portugal, 2010.
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