quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Suggestão

Amo ao cahir do sol, a olympica belleza
Que tonaliza o poente,
Amo o sol que tombou como um adolescente
Enfermo de tristeza...
Tenho culto por tudo o que é vellado e frio,
Pelo cantar do rio,
Por tudo o que é ligeiramente
Transparente...

Borda o sol ao morrer, esboços de aquarellas
Serenas e bizarras...
Ouvindo o farfalhar das folhas amarellas
Alegres chiam as cigarras...
Eu amo as noites claras de abandono
Em que o luar,
Tem caricias de luz e desmaios de somno
E se fica a scismar...


*Sarah de Tobias*

Em “Emoções secretas (versos)”, Curitiba/Paraná, Plácido e Silva & Cia, 1924.

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