“Soneto de Natal
Um homem, ᅳ era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, ᅳ
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga.
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração, mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
*Machado de Assis*
Em “Poesias completas (Crisálidas, Falenas, Americanas, Ocidentais)”,
São Paulo, Editora Mérito, 1959.
Um homem, ᅳ era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, ᅳ
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga.
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração, mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
*Machado de Assis*
Em “Poesias completas (Crisálidas, Falenas, Americanas, Ocidentais)”,
São Paulo, Editora Mérito, 1959.
Nenhum comentário:
Postar um comentário