“LETRA PARA UMA VALSA ROMÂNTICA
A tarde agoniza
Ao santo acalanto
Da noturna brisa.
E eu, que também morro,
Morro sem consolo,
Se não vens, Elisa!
Ai nem te humaniza
O pranto que tanto
Nas faces desliza
Do amante que pede
Suplicantemente
Teu amor, Elisa!
Ri, desdenha, pisa!
Meu canto, no entanto,
Mais te diviniza,
Mulher diferente,
Tão indiferente,
Desumana Elisa!”
*Manuel Bandeira*
Em “ANTOLOGIA POÉTICA (Belo Belo)”,
Rio de Janeiro, Editora José Olympio, 16ª Edição, 1986.
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