quinta-feira, 19 de junho de 2014

As rosas

Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.

*Sophia de Mello Breyner Andresen*
 Em “Dia do Mar”, Lisboa, Edições Ática, 3ª edição, 1974.

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