domingo, 30 de dezembro de 2012

BEM-VINDO(A), amigo(a) que atravessa o meu caminho... 
Faça deste meu cantinho a sua casa e repouse nele o tempo que você quiser e que, também, os seus sonhos, aqui, sejam cultivados!...
Que a paz e o amor de DEUS esteja no coração de todos que aqui entrarem...
Para acarinhá-los nesta tarde, peço licença à Florbela Espanca para transcrever um de seus magníficos poemas para vocês... 
 

"Tarde de Música  

Só Schumann, meu Amor! Serenidade...
Não assustes os sonhos... Ah! não varras
As quimeras... Amor, senão esbarras
Na minha vaga imaterialidade...

Liszt, agora o brilhante; o piano arde...
Beijos alados... ecos de fanfarras...
Pétalas dos teus dedos feitos garras...
Como cai em pó de oiro o ar da tarde!

Eu olhava para ti... 'é lindo! Ideal!'
Gemeram nossas vozes confundidas.
- Havia rosas cor-de-rosa aos molhos -

Falavas de Liszt e eu... da musical
Harmonia das pálpebras descidas,
Do ritmo dos teus cílios sobre os olhos..."

*
Florbela Espanca*

Em “Obras Completas de Florbela Espanca”, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1ª Edição, 1985.

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